Os Estados Unidos aprovaram na última quarta-feira (20) a sua maior revisão das normas tributárias dos últimos 30 anos, essa mudança sensível devem ultrapassar as fronteiras norte-americanas, causando impactos em todos os investimentos globais, alterando a competitividade e os investimentos, e afetando inclusive o Brasil.
Entre as principais mudanças, a sensível redução no imposto de renda que cairá de 35% para 21% das empresas nos EUA, poderá afetar o câmbio e exportações brasileiras, vez que, com o imposto menor, os Estados Unidos serão mais atraentes para os investidores e os produtos produzidos lá ganharão competitividade no comércio global.
Outra mudança importante é que as empresas norte-americanas também serão incentivadas a repatriar lucros dos seus investimentos no exterior, inclusive no Brasil, o que exigirá delas uma reanálise das suas estruturas de capital, como também fluxo de caixa (fonte: PwC).
A reforma fiscal deve afetar o câmbio, já que o fluxo de recursos para os Estados Unidos poderá provocar valorização do dólar, tendo em vista que o aumento da remessa de lucros fomentará a demanda pela moeda americana.
NOVO IMPOSTO – IMPORTAÇÃO EUA
Com a aprovação dessa reforma tributária nos EUA, diversas empresas em todos os continentes que exportam para lá poderão sofrer impactos, as medidas aprovadas, inclui a criação de um novo imposto chamado BEAT, um novo imposto que onerará as importações nos Estados Unidos.
O BEAT tem como objetivo reduzir as importações nos EUA, e trazer mais competitividade e incentivo à atividade produtiva naquele país, esse imposto poderá trazer impacto as empresas brasileiras que exportam para lá, na medida em que o aumento no custo de importação levará à reavaliação da cadeia de suprimentos dos norte-americanos.